Portland Trail Blazers
Será esta época que acaba o calvário de lesões para os Trail Blazers? Nenhuma equipa sofreu tantas lesões graves num só ano como a de Portland. A meio da época tiveram de fazer uma troca com os Clippers e ir buscar Marcus Camby porque já não tinham mais postes, depois de Greg Oden e o seu suplente, Joel Przybilla, terem ambos fracturado a rótula. O seu melhor jogador, Brandon Roy, também esteve ausente durante vários jogos. Apesar de tudo isso, Nate McMillan ainda conseguiu espremer 50 vitórias desta equipa, o que dá uma ideia da sua profundidade e também do seu coração.
A offseason também não podia ter começado de maneira mais invulgar: o general manager Kevin Pritchard foi despedido no dia do draft (e ainda foi ele que conduziu o draft depois de saber a notícia) e o novo GM, Rick Cho ainda não tem trabalho para mostrar.
Entradas / Saídas
Como o que realmente precisam é saúde e terem todos os seus jogadores disponíveis, não mexeram muito. Saíram Juwan Howard e Martell Webster e entraram Luke Babbit (escolha no draft), Elliot Williams e Wesley Matthews.
Frontcourt
LaMarcus Aldrige tem talento e físico para ser um power forward de elite, mas terá de ser mais regular para chegar a esse nível. Nicolas Batum é outro grande atleta que, depois de ter dobrado a sua produção no ano passado, poderá ter, na sua terceira época, uma época de explosão. E depois há aquele grande ponto de interrogação no meio: conseguirá Oden (que só volta lá para Dezembro) manter-se em campo uma época inteira? Com todos saudáveis e a produzir ao seu nível são um frontcourt jovem, atlético e muito bom.
Backcourt
O All Star Brandon Roy é o ponto central desta equipa, o seu melhor marcador e o líder em campo. Ao seu lado, está o experiente organizador André Miller (que destoa desta praga de lesões e, nos últimos 9 anos, perdeu apenas 5 jogos!). Ambos são mais eficazes com a bola na mão, um problema a resolver esta época, se querem melhorar a eficácia ofensiva.
Banco
Com Miller e Roy a jogarem ambos como marcadores-organizadores, precisavam dum marcador-lançador que jogue sem a bola para os complementar. Wes Matthews foi o escolhido. O espanhol Rudy Fernandez (que queria ser trocado; outro caso a continuar a estranheza da temporada e desta offseason) é uma das principais armas ofensivas duma segunda unidade que se reforçou ainda com aquele que é apontado como o melhor atirador deste draft, Luke Babbit. Abundam os jogadores jovens e com potencial, mas falta experiência nos suplentes.
Treinador
Nate McMillan merece todo o crédito por conseguir 50 vitórias e uma ida aos playoffs numa temporada tão atribulada. Este ano tem de (para além de rezar que ninguém se lesione) arranjar uma forma de Roy e Miller renderem juntos no mesmo backcourt.
Resumo
Se todos os jogadores estiverem disponíveis e saudáveis durante uma época (e Oden é o mais importante de todos nesse cenário), os Blazers têm uma equipa muito profunda e talentosa que deve competir pelos primeiros lugares da sua conferência e pode ir longe nos playoffs. Mas esse é um grande se.
Nota: 12
(próximo: Northwest Division - Utah Jazz)