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Sunday, December 19, 2010

Boletim de Avaliação - Southeast Division - Magic

No Boletim de Avaliação tenho feito uma análise de todas as movimentações de todas as equipas nesta offseason e como se equiparam para a temporada de 2010-11. A última que fiz foram os Indiana Pacers (a 24ª das 30) e, seguindo a ordem alfabética por divisões, seguiam-se os Milwaukee Bucks. Mas os acontecimentos deste fim de semana obrigam a saltar a ordem e fazer uma edição especial do Boletim de Avaliação. Como ainda não cheguei aos Orlando Magic e já mexeram na equipa que começou a época, vamos fazer uma avaliação a essa equipa com uma adenda às novas aquisições.


Orlando Magic

A outra equipa da Florida começou esta temporada com grandes expectativas. Depois de, em 2009, terem avançado até às Finais e, em 2010, até à final da conferência, os Magic apontavam para o título do Este, uma presença na Final e a luta pelo título. São uma das equipas mais bem sucedidas nas últimas épocas e um dos candidatos ao título. Para esta época mantiveram praticamente o mesmo grupo do ano anterior, apostando na continuidade. Claro que tudo isto mudou este fim de semana, com a remodelação que fizeram.

Entradas / Saídas
Na offseason: saíram Matt Barnes e Adonal Foyle (retirou-se) e entraram Chris Duhon, Quentin Richardson e Daniel Orton (escolha no draft).
Este fim de semana: saíram Rashard Lewis, Vince Carter, Marcin Gortat e Mickael Pietrus e entraram Hedo Turkoglu, Jason Richardson, Gilbert Arenas e Earl Clark.

Frontcourt
Dwight Howard é a âncora da equipa e um dos poucos (o único?) jogadores na NBA capaz de, sozinho, desiquilibrar e influenciar o decorrer dum jogo em ambos os lados do campo. Ressaltador, bloqueador de lançamentos e defensor poderosíssimo, continua a melhorar nos movimentos ofensivos. Não fosse a fraca percentagem nos lances livres e seria imparável.
Os Magic têm jogado este ano com um cinco inicial mais clássico, com um power forward interior e Brandon Bass é o detentor do lugar. Com a saída de Lewis (que jogava muitas vezes como falso 4, um 4 exterior), a aposta é ainda mais nele.
Quentin Richardson, Hedo Turkoglu e Gilbert Arenas (num cinco com 3 bases) são os candidatos a uma posição com muitas opções, dependendo de como os Magic queiram jogar.

Backcourt
Jameer Nelson continua com as rédeas da equipa, mas terá agora mais ajuda nessa tarefa. Em alguns períodos do jogo, tanto Arenas como Turkoglu poderão jogar também como organizadores e distribuidores. O mais novo Richardson da equipa, Jason, será o shooting guard titular e um upgrade em relação a Vince Carter. Carter tem sido irregular desde que chegou aos Magic (e desde sempre?) e jogou bastante mal quando mais importava: nos playoffs da época passada. Richardson era o melhor marcador em Phoenix, um excelente atleta e um temível lançador exterior.

Banco
Eram já uma das equipas mais profundas da liga e ficaram com um backcourt e jogo exterior ainda mais profundos. Arenas poderá sair do banco (como fazia pelos Wizards) e providenciar ataque e pontos à segunda unidade. Uma segunda unidade forte, com Duhon, Turkoglu ou Quentin Richardson e JJ Redick. Onde perderam profundidade foi no frontcourt. Com a saída de Gortat, Howard fica sem um suplente de qualidade para lhe dar minutos de descanso e Daniel Orton terá de desenvolver-se enquanto joga.

Treinador
Stan Van Gundy tem feito um bom trabalho com esta equipa e tem agora um novo desafio: integrar rapidamente os novos elementos e tentar ganhar com esta equipa recém formada. Há já muito trabalho de trás, Turkoglu volta a um sistema que já conhece e Jason Richadson e Arenas são jogadores veteranos que demorarão menos tempo a adaptar-se. Mas a fasquia continua alta: atingir as Finais e lutar pelo título.

Resumo
Na offseason optaram pela continuidade, mas depois dum começo menos bom (estão com o mediano recorde de 16-10), o general manager Otis Smith achou que era altura de mudanças. Com esta remodelação ganham mais opções e versatilidade. Todos os novos jogadores são grandes atiradores que encaixam na perfeição no sistema da equipa. Howard continua a ser a âncora no interior que abre espaço para os jogadores exteriores e este ano tem a ajuda dum Brandon Bass que está a fazer uma boa época. É preciso tempo para ver se a remodelação vai funcionar, mas no papel, parecem estar melhores.

Nota da offseason: 12
Nota das trocas: 14

Thursday, December 2, 2010

Boletim de Avaliação - Central Division - Pacers

Indiana Pacers

Com uma equipa desequilibrada e frequentemente desorganizada em campo, os Pacers procuravam um base que pudesse liderar a equipa. Darren Collison mostrou a época passada, nos Hornets, que poderá ser o seu base por muitos e bons anos. De resto, não mexeram muito mais na equipa. Poderão os Pacers aspirar a subir na hierarquia do Este?

Entradas / Saídas
Saíram Troy Murphy e Luther Head e entraram Darren Collison, Paul George (escolha no draft), Lance Stephenson (escolha no draft) e James Posey.

Frontcourt
Roy Hibbert passou o verão no ginásio, está mais forte e mais atlético e, depois de boas indicações na temporada passada, espera-se que continue a melhorar. O power forward Josh McRoberts é outro jogador atlético que pode melhorar a defesa e os ressaltos dos Pacers.
Danny Granger é a estrela da equipa, mas terá de ser mais regular e melhorar a sua defesa para a equipa de Indiana ser uma ameaça no Este.

Backcourt
Collison foi a grande aquisição da offseason e a esperança dos Pacers para estabilizarem numa posição fundamental. Bom lançador, marcador de pontos e distribuidor, foi a surpresa da temporada passada, com médias de 18.8 pts e 9.1 ass nos 37 jogos em que substituiu o lesionado Chris Paul como titular. Esta época terá de mostrar que tem qualidade para ser titular na NBA e consegue manter essa produção durante um ano inteiro.
O shooting guard é outra posição que precisam de estabilizar. Brandon Rush é mais talentoso e Mike Dunleavy mais regular. A consistência de Rush (que ainda não provou todo o seu potencial) é uma das chaves da época.

Banco
Dunleavy, James Posey, TJ Ford, Danhtay Jones, Tyler Hansbrough, Jeff Foster e AJ Price. Jogadores que podem contribuir na defesa (Jones, Posey, Foster), nos lançamentos exteriores (Posey, Dunleavy), no apoio a Collison (Ford e Price) e nos ressaltos e jogo interior (Hansbrough, Foster). Não é um banco extraordinário, mas tem vários jogadores úteis e que podem ajudar em várias áreas. Como se espera de qualquer banco. Não é, no entanto, o banco mais regular e fiável também.

Treinador
Jim O'Brien é um treinador do meio da tabela. Com 30 anos de experiência ao nível universitário e profissional, é por aí que as suas equipas na NBA andam habitualmente. Nunca treinou nenhuma equipa no topo e o objectivo desta equipa também não é mais do que conseguir chegar aos playoffs.

Resumo
As mudanças a nível do plantel não foram muitas e os jogadores escolhidos no draft não parecem prontos para contribuir imediatamente. Mas as mudanças em campo terão de ser muitas se querem ficar nos primeiros oito da conferência. Collison foi uma boa notícia para os fãs dos Pacers, mas é apenas o começo do trabalho que têm a fazer. Um bom começo no entanto. E para o ano ainda têm dinheiro para gastar na free agency, por isso podem estar no bom caminho. Vamos ver como se portam dentro de campo.

Nota: 12


(próximo: Central Division - Milwaukee Bucks)

Wednesday, November 17, 2010

Boletim de Avaliação - Central Division - Pistons

Detroit Pistons

Mais uma equipa que está uma confusão pegada e a precisar urgentemente de arrumar a casa. Parece que ainda ontem eram uma das equipas mais estáveis e bem sucedidas da NBA (com seis idas consecutivas à Final da conferência, entre 2003 e 2008, e um título em 2004), mas tiveram as duas últimas épocas para esquecer e são uma sombra desses Pistons que dominaram o Este. Com muito espaço salarial em 2009, decidiram não esperar pela afamada classe de free agents de 2010 e usaram uma grande parte desse dinheiro no verão de 2009, em Ben Gordon e Charlie Villanueva. O resultado? Bem, não foi o melhor. Este ano tinham muito que fazer.

Entradas / Saídas
Saiu Kwame Brown e entraram Greg Monroe (escolha no draft), Terrico White (escolha no draft) e Tracy McGrady.

Frontcourt
O veterano Ben Wallace, um dos sobreviventes da equipa campeã, continua a providenciar defesa, ressaltos e pouco ou nenhum ataque. Como Charlie Villanueva deverá continuar a sair do banco e Jonas Jerebko está lesionado, o jovem e inexperiente Austin Daye é a aposta para power forward. A small forward, outro dos veteranos que ainda restam da equipa campeã, o versátil Tayshaun Prince.
Dividido entre jogadores experientes, mas que já viram os melhores anos das suas carreiras e a inexperiência e menor talento de outros, é um frontcourt longe dos sólidos e duros frontcourts que os Pistons tinham.

Backcourt
O outro resistente da equipa campeã, Richard Hamilton, continua como shooting guard e Rodney Stuckey é o base que os Pistons apostam para ser o seu base nos próximos anos e um dos elementos da reconstrução futura. É um jogador forte fisicamente e bom tecnicamente, mas ainda com deficiências na organização (era originalmente um shooting guard e ainda está a aprender a posição de point guard).

Banco
Este é um dos seus pontos fortes, não pelas razões habituais, mas antes porque vários dos jogadores suplentes poderiam jogar no cinco inicial. É uma equipa com um nível de qualidade semelhante entre muitos titulares e suplentes, mas essa nivelação não é por cima. Ben Gordon e Charlie Villanueva começam no banco, mas jogam muitos minutos e estão em campo muitas vezes nos finais dos jogos. McGrady tenta ressuscitar a sua carreira e outros como Jason Maxiell e Will Bynum asseguram agressividade, luta e minutos de qualidade. Do rookie Greg Monroe esperam que reforçe o seu fragilizado frontcourt.

Treinador
Ser treinador em Detroit não é fácil, pois a exigência é sempre muita e nenhum consegue ficar muito tempo na função. O pouco conhecido e pouco carismático John Kuester tem a difícil tarefa de gerir as expectativas de jogadores veteranos e habituados a ganhar e o desenvolvimento dos jogadores jovens e terá de encontrar um difícil (impossível?) equilíbrio entre os resultados imediatos que uns esperam e a reconstrução para que outros estão apontados.

Resumo
Os Pistons estão ainda agarrados aos restos da equipa que dominou o Este e ficaram num limbo entre a reconstrução e a competitividade. Têm um grande nó para desatar: os veteranos já passaram os melhores anos da sua carreira, não fazem parte do futuro da equipa e para ganhar alguma coisa teria de ser agora, mas os jovens precisam de tempo para dsenvolver e não vão fazer uma equipa competitiva tão cedo. Por isso, os Pistons vão ter de escolher. Quanto mais cedo o fizerem, mais cedo saem desta trapalhada.
É claro que as contratações de Ben Gordon e Charlie Villanueva só ajudaram ao problema. Foi um penso rápido (e precipitado) que não ajudou nem para ganhar agora, nem para construir para o futuro. E esta offseason nada fizeram para desatar o nó.

Nota: 8


(próximo: Central Division - Indiana Pacers)

Monday, November 15, 2010

Boletim de Avaliação - Central Division - Cavaliers

Cleveland Cavaliers

Uma das equipas mais badaladas da offseason, mas não pelas melhores razões. Depois da eliminação precoce nas meias finais da conferência, despediram o treinador Mike Brown, para mostrar ao seu melhor jogador e pilar de toda a equipa, Lebron James, que estavam dispostos a tudo para o manter. Assistiram depois, impotentes, ao seu anúncio em directo para todo o mundo que não ia continuar na equipa. Para piorar o panorama, tinham apostado tudo na renovação de Lebron e não tinham nenhum plano B. Ficaram orfãos duma estrela e parece que vão ter de começar tudo de novo.

Entradas / Saídas
Saíram Lebron James, Zydrunas Ilgauskas, Delonte West, Sebastian Telfair e Shaquille O'Neal e entraram Ramon Sessions, Ryan Hollins, Joey Graham, Samardo Samuels (rookie, undrafted) e Christian Eyenga (rookie, escolha no draft de 2009).

Frontcourt
O jovem power forward J.J. Hickson é a aposta para algo parecido com um pilar da equipa, o poste Ryan Hollins é o melhor que conseguiram arranjar e Jamario Moon vai preencher a posição daquele-que-saiu. Ouch!

Backcourt
Quando um dos melhores jogadores e uma das maiores armas ofensivas duma equipa é Mo Williams, essa equipa não pode ser muito boa. E este ano ele vai ter de criar situações de lançamento para si e para os seus companheiros, ao invés de ficar no perímetro à espera das assistências de Lebron para atirar. Anthony Parker continua a ser um jogador útil e fiável, mas mediano.

Banco
Alguns dos suplentes do ano passado são promovidos a titulares e os suplentes do fundo do banco vão ter a oportunidade de jogar na segunda unidade. Antawn Jamison vai jogar como sexto homem para dar alguma experiência a essa segunda unidade e porque não há mais ninguém no banco que seja uma ameaça ofensiva. Anderson Varejão, Daniel Gibson e Leon Powe vão ter de deixar de ser apenas jogadores complementares e assumir mais responsabilidades. Ramon Sessions é uma das poucas boas notícias na offseason de Cleveland e pode ser o sucessor de Mo Williams.

Treinador
Byron Scott aceitou o cargo dias antes da Decisão de Lebron e passou de treinador dum candidato ao título para treinador dum dos mais fracos plantéis da NBA. Mas há um lado positivo: há tempo para construir, não há nenhuma pressão para ganhar e tudo de bom que os Cavaliers façam será visto como um grande mérito.

Resumo
Quando se perde o franchise player, 2 vezes MVP da NBA e possivelmente o melhor jogador do mundo, e não se ganha nada em troca, a offseason só pode ter sido muito má. E quando não se faz nada para prevenir a eventualidade dessa saída, as coisas só podem piorar. Apesar dos muitos erros na condução do processo por parte de Lebron e apesar da sua falta de lealdade e frontalidade com a equipa, deixar todo o futuro duma organização nas suas mãos e nada fazer, é pior que fé, é loucura.
O apuramento para os playoffs é uma miragem e é tempo de começar de novo em Cleveland.

Nota: 7


(próximo: Central Division - Detroit Pistons)

Thursday, November 11, 2010

Boletim de Avaliação - Central Division - Bulls

Chicago Bulls

Ao longo da época passada trocaram vários dos seus jogadores por praticamente nada para libertar espaço salarial para a free agency de 2010. Eram uma das equipas com mais espaço salarial neste verão e entraram na corrida por James, Wade ou Bosh. Wade, natural de Chicago, era o seu alvo principal, mas mostraram que tinham um plano B quando ele decidiu continuar em Miami. Contrataram outro dos free agents mais desejados (Carlos Boozer) e vários outros jogadores que, embora da segunda linha de free agents, substituem os que saíram e podem-se revelar muito úteis nesta equipa.

Entradas / Saídas
Saíram Kirk Hinrich, Hakim Warrick, Brad Miller, Acie Law e Jannero Pargo e entraram Carlos Boozer, Ronnie Brewer, Kyle Korver, Keith Bogans, Kurt Thomas, CJ Watson, Brian Scalabrine e Omer Asik (rookie, da Turquia).

Frontcourt
Joakim Noah está a tornar-se um dos melhores postes da NBA e é um dos pilares da equipa. Muito forte na defesa e nos ressaltos, está também a melhorar ofensivamente. Boozer complementa o jogo interior com o talento ofensivo que Noah ainda não tem, dando uma necessária presença ofensiva interior ao ataque dos Bulls. Grande ressaltador também, mas não um grande defensor, algo que poderá melhorar com o especialista defensivo Tom Thibodeau.
A equipa de Chicago terá assim um dos melhores frontcourts ressaltadores da liga, com um jogador forte na defesa e outro forte no ataque.
A small forward Luol Deng procura voltar ao nível anterior depois duma época menos boa e com várias lesões em 2009-10.

Backcourt
O outro pilar da equipa está na posição de base e é Derrick Rose, que, na sua terceira época, é já uma certeza e um base All-Star, mas também ainda um projecto em curso. Com capacidades físicas fora de série e fortíssimo a penetrar para o cesto, se desenvolver um lançamento longo fiável será impossível de parar no um contra um. Para melhorar o ataque da equipa terá de movimentar mais a bola e ser melhor distribuidor e organizador.
Como shooting guard, podem jogar com Keith Bogans ou Ronnie Brewer, ambos bons defensivamente.

Banco
Adicionaram atiradores e marcadores como Korver e CJ Watson (algo que precisavam urgentemente, depois de terem sido uma das piores equipas nos lançamentos de 3 pontos), defensores como Brewer e Bogans, ressaltadores e defensores interiores como Kurt Thomas, Scalabrine e Asik (e já tinham Taj Gibson), o que lhes dá várias opções para o jogo exterior e também para o interior.

Treinador
Tom Thibodeau, depois de 20 anos como adjunto em várias equipas da NBA, tem a sua primeira oportunidade como treinador principal. Especialista defensivo, era um dos adjuntos mais respeitados da liga e o responsável pelo muro que é a defesa dos Boston Celtics. Em Chicago tem um desafio maior: melhorar um ataque que foi dos piores (apenas o 28º, com 100.8 pontos/jogo) na temporada passada.

Resumo
Os Bulls não ficaram a chorar sobre o leite derramado quando não conseguiram Dwayne Wade ou Lebron James, mostraram que tinham um plano B e não só acrescentaram mais uma peça ao núcleo de Rose e Noah, como os rodearam de jogadores úteis em áreas que a equipa precisava.
Foram uma das equipas que mais e melhor mexeu no plantel e este ano aspiram a subir na hierarquia do Este e lutar por um dos lugares de topo da conferência.

Nota: 15


(próximo: Central Division - Cleveland Cavaliers)

Tuesday, November 9, 2010

Boletim de Avaliação - Atlantic Division - Raptors

Toronto Raptors

À semelhança dos Cavaliers, viram o seu melhor jogador desertar para os Heat sem receberem nada em troca. Sem Chris Bosh, com quem na verdade nunca conseguiram grandes resultados (o melhor que conseguiram foi chegar à primeira ronda dos playoffs), voltam à estaca zero. Turkoglu, depois duma temporada em que desapontou, também foi trocado e para a equipa do Canadá é tempo de começar de novo.

Entradas / Saídas
Saíram Chris Bosh, Hedo Turkoglu, Antoine Wright e Marco Belinelli e entraram Linas Kleiza, Leandro Barbosa, Ed Davis (escolha no draft), Solomon Alabi (escolha no draft), David Andersen, Julian Wright e Joey Dorsey.

Frontcourt
Bosh nunca foi conhecido pela sua defesa e a defesa interior dos Raptors era não-existente na época passada. Este ano, procuraram reforçar essa área. Linas Kleiza (que regressa à NBA depois duma época na Grécia) traz mais defesa e dureza e será uma das principais armas ofensivas também. No entanto, Andrea Bargnani, que é um poste que marca em lançamentos exteriores e pouco ressalta, continuará a ser um problema defensivo. A power forward, Ed Davis era apontado como o substituto de Bosh, mas está lesionado (só deve voltar no final do ano). Fica o lugar em aberto para Reggie Evans (bom ressaltador, mas limitado ofensivamente) ou Amir Johnson (que renovou por 35 milhões por 5 anos e é uma aposta para o futuro).

Backcourt
José Calderon deverá perder o lugar para Jarret Jack, que é melhor defensivamente, mas menos fiável na organização ofensiva (embora seja mais explosivo e melhor individualmente). DeMar DeRozan, depois duma boa primeira temporada, será um dos jogadores que será mais solicitado no ataque para compensar a ausência de Bosh.

Banco
Com Calderon e Leandro Barbosa vão ter um dos melhores backcourts suplentes da liga. O resto do banco, no entanto, é irregular e pouco fiável, com jogadores que terão alguns bons jogos (Sonny Weems e Evans ou Amir Johnson), outros que continuam sem provar o potencial apontado (Julian Wright) e outros ainda que pouco impacto terão (David Andersen, Joey Dorsey).

Treinador
Depois de acabarem a temporada anterior com a pior defesa da NBA e sem grandes contratações, Jay Triano terá de encontrar soluções dentro da equipa. Sem nenhuma estrela na equipa, a responsabilidade está nas mãos do treinador.

Resumo
Perder Bosh pode não ter sido o pior que aconteceu aos Raptors, pois com Bosh nunca foram para além da primeira ronda dos playoffs e restavam muitas dúvidas se alguma vez ele seria um franchise player capaz de levar uma equipa a voos maiores. Agora vão ter de encontrar força no colectivo, o que pode ajudá-los a defender (e jogar) melhor.
Podem melhorar colectivamente, mas no entanto, falta talento individual para aspirar aos playoffs e se conseguirem um recorde igual ao do ano passado (40-42) já é uma vitória. É tempo de reconstrução em Toronto.

Nota: 9


(próximo: Central Division - Chicago Bulls)

Monday, November 8, 2010

Boletim de Avaliação - Atlantic Division - 76ers

Philadelphia 76ers

Os Sixers têm passado as últimas épocas numa confusão de altos e baixos, num limbo entre a reconstrução e a tentativa de ser competitivos. Uma época competem por um lugar nos playoffs, outra ficam fora. Uma época parecem estar em ascensão e na seguinte regridem. É uma equipa perdida pela segunda metade da Conferência Este. A última temporada foi a vez da regressão (e da experiência falhada com Iverson) e ficaram fora dos playoffs. A recompensa foi a segunda escolha no draft, que usaram para seleccionar Evan Turner, um jogador que esperam ser o seu shooting guard titular no futuro.

Entradas / Saídas
Saíram Samuel Dalembert, Willie Green e Jason Smith e entraram Evan Turner (escolha no draft), Spencer Hawes, Andres Nocioni e Tony Battie, Craig Brackins (rookie, troca com os Hornets) e Darius Songaila.

Frontcourt
Perderam Dalembert e Hawes, que deverá ser o poste titular, poderá ser mais regular ofensivamente, mas não tem a mesma experiência nem a mesma capacidade defensiva e ressaltadora. Elton Brand tem sido um fracasso em Philadelphia e, este ano num ataque que o deve beneficiar mais, vai tentar recuperar os seus melhores tempos. A posição de small forward é uma das questões em aberto: Nocioni pode jogar a 3, se André Iguodala (o seu melhor jogador) jogar na sua posição mais natural de shooting guard ou podem deslocar Iguodala para 3 e jogar Turner a shooting guard. Vários problemas para resolver.

Backcourt
O seu backcourt do futuro deverá ser Turner e o jovem Jrue Holiday. Inexperientes, mas promissores, por eles passa uma grande quota de responsabilidade pelo sucesso ou insucesso dos Sixers. Mais um problema para resolver: equilibrar o desenvolvimento destes dois jogadores com a necessidade de rendimento imediato.

Banco
Várias e boas opções, tanto no jogo exterior (Louis Williams, Jason Kapono, Jodie Meeks) como no jogo interior (Thaddeus Young, Mareese Speights), mas todas com o mesmo problema: irregularidade. A julgar pela temporada passada, tanto podem ter uma noite em que fazem grandes jogos, como outros em que contribuem pouco ou nada.

Treinador
Doug Collins substitui Eddie Jordan, que fracassou redondamente na época passada. Collins nunca teve grande sucesso nas equipas que já treinou na NBA (o seu melhor resultado é uma presença na Final de Conferência com os Bulls, em 89), mas é conhecido por instalar uma mentalidade defensiva nas suas equipas, algo que os Sixers precisam. São muitas as questões de gestão da rotação dos jogadores e muitos os problemas para resolver nesta equipa, no entanto.

Resumo
Os Sixers precisam urgentemente de arrumar a casa e nesta offseason não fizeram muito para isso. Precisam de definir o que fazer com Iguodala e Turner, como equilibrar os jogadores veteranos (que têm apenas mais alguns anos para competir ao mais alto nível) com o desenvolvimento dos jovens jogadores. Como em anos anteriores, parecem perdidos entre a construção duma equipa para o futuro e a tentativa de montar uma equipa competitiva no presente. A indefinição continua.

Nota: 10


(próximo: Atlantic Division - Toronto Raptors)

Wednesday, November 3, 2010

Boletim de Avaliação - Atlantic Division - Knicks

New York Knicks

Os Knicks estiveram dois anos à espera desta offseason. Todas as trocas e dispensas que fizeram nas últimas duas temporadas foram a pensar na free agency de 2010 e os seus fãs aguentaram dois anos de mediocridade com a possibilidade de conseguirem o maior free agent de todos, Lebron James. Eram a equipa com mais espaço salarial e tinham espaço para dois contratos máximos. Os fãs sonhavam com James e Wade, James e Bosh ou Wade e Bosh com a camisola dos Knickerbockers. No fim, não conseguiram atrair nenhum deles para a Big Apple e tiveram de se contentar com o prémio de consolação, Amar'e Stoudemire e Raymond Felton. Terão os Knicks ficado mais perto da relevância ou foi um grande balde de água fria?

Entradas / Saídas
Saíram Chris Duhon, David Lee, Sergio Rodriguez, Al Harrington, Eddie House e Tracy McGrady e entraram Amar'e Stoudemire, Raymond Felton, Timofey Mosgov, Ronny Turiaf, Anthony Randolph, Kellena Azubuike, Jerome Jordan, Roger Mason, Andy Rautins (escolha na 2ª ronda do draft) e Landry Fields (escolha na 2ª ronda do draft).

Frontcourt
Stoudemire vai ter de responder às duvidas sobre se é um power forward de elite ou sobrevalorizado por jogar ao lado de Steve Nash. Garante mais de 20 pontos por noite, mas não é um grande ressaltador nem defensor. É, no entanto, o melhor jogador dos Knicks. Depois podem optar por um equipa mais baixa, com Stoudemire a poste e Randolph a power forward (depois de 2 anos decepcionantes nos Warriors, vai ter uma nova oportunidade de confirmar o talento que lhe apontam) ou uma equipa mais clássica com Stoudemire a power forward e Timofey Mosgov a poste (o russo é grande e forte, mas uma incógnita a este nível). A small forward, o italiano Danilo Gallinari é o melhor atirador da equipa e um dos jovens com mais potencial.

Backcourt
Raymond Felton é um base seguro e um upgrade em relação a Chris Duhon, mas restam dúvidas se será bom para o sistema de transições rápidas de Mike D'Antoni. Wilson Chadler é outro jovem com potencial e, junto com Gallinari, uma das melhores apostas para o futuro.

Banco
Jovem e inexperiente. Os Knicks mudaram praticamente toda a equipa e ainda não têm um grupo com rotações definidas. D'Antoni, conhecido por utilizar poucos jogadores, tem algumas boas opções no banco em Turiaf, Azubuike, Roger Mason e Randolph ou Mosgov e não utilizará muitos mais, provavelmente.

Treinador
A carta branca de Mike D'Antoni chegou ao fim e é tempo de começar a construir uma equipa. Ainda não tem um plantel para atacar os lugares de topo, mas já tem as primeiras peças.

Resumo
Esventraram a equipa que tinham (não se perdeu muito também) e Gallinari e Chandler foram os únicos jogadores que guardaram para o futuro. A equipa, competitivamente, estava em suspenso até esta free agency, mas agora essa desculpa acabou. Apesar de não terem conseguido os free agents que queriam, conseguiram adicionar algumas peças a estes dois jovens e manter flexibilidade para o futuro (ainda têm espaço salarial e com o fim do contrato de Eddy Curry no fim da época vão ter mais. Vão tentar adicionar mais uma estrela e Carmelo é o alvo preferido). Esta offseason pode ter sido o começo, mas a nota fica congelada até vermos do quê. O seu trabalho ainda está a meio.

Nota: 10


(próximo: Atlantic Division - Philadelphia 76ers)

Sunday, October 31, 2010

Boletim de Avaliação - Atlantic Division - Nets

New Jersey Nets

Fazer pior que a temporada passada (12-70, último lugar na liga) é quase impossível, por isso o único caminho possível para esta equipa é para cima. E por cima começaram as mudanças, com um novo dono, o bilionário russo Mikhail Prokhorov, apostado em construir uma equipa para disputar títulos. Eram uma das equipas com mais espaço salarial e um dos pretendentes de Lebron James nesta free agency. Terminaram-na, no entanto, sem conseguir atrair Lebron nem qualquer dos grandes nomes. Apesar disso, não perderam a cabeça e resistiram à tentação de pagar muito por nomes menos sonantes. Fizeram várias contratações para melhorar no presente, mas continuam a ser uma equipa com mais espaço salarial e flexibilidade para o futuro.

Entradas / Saídas
Saíram Chris Douglas-Roberts, Yi Jianlian, Courtney Lee, Keyon Dooling e Tony Battie e entraram Derrick Favors (nº 3 no draft), Damion James (escolha no draft), Jordan Farmar, Anthony Morrow, Troy Murphy, Travis Outlaw, Johan Petro, Quinton Ross, Sean May e Joe Smith.

Frontcourt
A poste têm um dos pilares para o futuro, Brook Lopez, que se revelou um bom defensor e ressaltador com bons movimentos ofensivos. Troy Murphy, um power forward lançador, vai atrair o seu defensor para áreas mais afastadas do cesto e ajudar a libertar o meio, conseguindo mais espaço para Lopez. Favors era um dos mais talentosos jogadores interiores do draft, mas deverá desenvolver-se a partir do banco.
O atlético Travis Outlaw tentará estabilizar uma carreira irregular.

Backcourt
A base têm outro dos pilares para o futuro, Devin Harris. Bom penetrador, terá de ser mais regular nos lançamentos e, este ano com mais talento a rodeá-lo, terá de ser mais distribuidor.
Anthony Morrow é um dos melhores lançadores exteriores da NBA e, titular pela primeira vez na carreira, poderá ter uma época de explosão. Se Harris e Lopez o procurarem quando sofrerem dois contra um, será uma das maiores ameaças ofensivas dos Nets.

Banco
Com muitos jogadores jovens e em desenvolvimento (Favors, Farmar, Williams, James; Joe Smith e Quinton Ross e Kris Humphries são as presenças veteranas), é, à semelhança de toda a equipa, ainda um projecto de banco. Vários jogadores exteriores talentosos (Farmar, Williams, James), mas menos boas opções no interior.

Treinador
Por aqui passou outra das mudanças dos Nets. O Pequeno General Avery Johnson assume o comando. A defesa e a agressividade são a sua imagem de marca e numa equipa que terminou com a 25ª pior defesa tem muito trabalho para fazer. No outro lado do campo também não tem menos trabalho, pois os Nets foram o pior ataque da liga.

Resumo
O plano dos Nets é conseguir contratar uma super-estrela (Carmelo Anthony é free agent em 2011 e o interesse dos Nets é publico) e construir uma equipa candidata ao título daqui a 2 ou 3 anos. Com Harris e Lopez já têm dois pilares nas duas posições mais difíceis de preencher, um base e um poste. A sua volta têm alguns jogadores (entre atiradores, ressaltadores, penetradores) para os complementar, mas o talento ainda é curto. Mas este ano foram dados os primeiros passos.

Nota: 13


(próximo: Atlantic Division - New York Knicks)

Saturday, October 30, 2010

Boletim de Avaliação - Atlantic Division - Celtics

Boston Celtics

O veterano núcleo dos Celtics foi declarado decadente e em fase descendente depois de ter ficado apenas em 4º lugar do Este na temporada regular passada. Mas depois do seu ressurgimento nos playoffs, que culminou numa ida às Finais, passou a ser um grupo experiente que soube gerir o esforço ao longo da época. A jogar em equipa como poucos na NBA, o seu Big Three transformou-se, com a ascensão de Rajon Rondo, num Big Four e este ano, torna-se num Big Five com a adição do (agora) Big Shamrock, Shaquile O'Neal. Foi uma offseason em grande?

Entradas / Saídas
Tinham muitos jogadores que eram free agents este verão e renovaram com a maioria deles, nomeadamente duas das estrelas, Ray Allen e Paul Pierce. Saíram Tony Allen, Shelden Williams, Brian Scalabrine e Rasheed Wallace (retirou-se) e entraram Avery Bradley (escolha no draft), Luke Arangody (escolha no draft), Delonte West, Shaquille O'Neal, Jermaine O'Neal, Von Wafer e o turco Semih Erden.

Frontcourt
Com Kendrick Perkins de fora até Fevereiro (e com o frontcourt como um dos pontos mais fortes dos Lakers), os dois O'Neals vêm reforçar essa área (Shaquille, o titular, Jermaine, a vir do banco). Com Shaq, Kevin Garnett e Paul Pierce, são uma força tanto defensivamente como ofensivamente. É um frontcourt muito veterano (Shaq tem 38, Garnett 34 e Pierce 33), mas se gerirem o esforço ao longo da temporada regular e se mantiverem sem lesões, serão um osso muito duro de roer. E quando Perkins regressar será o frontcourt mais profundo e duro da NBA.

Backcourt
Rajon Rondo já não é o patinho feio do 5 inicial, foi All Star em 2010 e tornou-se uma das estrelas da equipa. O seu lançamento exterior continua a ser fraco, mas é o base da NBA com potencial para fazer mais triplos-duplos (rapidíssimo, penetra muito bem, distribui cada vez melhor e ganha muitos ressaltos, para além de ser um fantástico defensor).
Ray Allen, aos 35 anos, continua numa forma invejável, a ser um atirador fora de série e um jogador a quem nenhuma defesa pode dar espaço.

Banco
Tony Allen e Rasheed Wallace são duas baixas importantes, mas renovaram com Nate Robinson e Marquis Daniels. A saída de Sheed pouco se sentirá, pois, para além dos jogadores referidos antes, ainda têm Glen Davis no jogo interior. No exterior, não têm nenhum defensor do perímetro como Allen e à excepção de Daniels, todos os jogadores exteriores suplentes são mais fortes ofensivamente que defensivamente (Nate Robinson, Delonte West, Von Wafer).

Treinador
Depois de ter ponderado uma pausa na sua carreira, Glenn 'Doc' Rivers decidiu aproveitar a janela de oportunidade de mais um ou dois anos que este grupo tem e voltou para mais uma época ao seu comando. A sua equipa técnica perdeu o guru defensivo, Tom Thibodeau (que foi treinar os Chicago Bulls).

Resumo
Não correu mal a offseason dos Celtics. Esta equipa já joga junta há várias épocas e o que precisam para mais uma hipótese de título é manterem-se saudáveis e livres de lesões. A sua janela de oportunidade está a fechar e só têm mais uma ou duas épocas para tentar ganhar com este grupo. Têm de ganhar agora. A pensar nisso, conseguiram alguns reforços importantes e adicionaram mais algumas peças ao seu puzzle.

Nota: 15


(próximo: Atlantic Division - New Jersey Nets)

Monday, October 25, 2010

Boletim de Avaliação - Northwest Division - Jazz

Utah Jazz

Mesmo quando parecem não ter muito espaço de manobra, os Jazz conseguem sempre, ano após ano, e através duma gestão exemplar tanto no front office como no campo, manter a sua equipa competitiva e a lutar pelos lugares dos playoffs. Parece que não conseguem ter umá offseason e este ano não foi excepção. Nem a perda de um dos seus pilares os faz aparentemente descer na hierarquia da conferência e conseguiram substitui-lo por outro jogador tão bom ou melhor.

Entradas / Saídas
Várias mexidas importantes. Perderam o seu power forward All Star e um dos grandes nomes na free agency de 2010, Carlos Boozer (assinou com Chicago), mas entra Al Jefferson (quase oferecido pelos Timberwolves) para o seu lugar. Saíram ainda Kyle Korver, Wesley Matthews e Kostas Koufos e Ronnie Brewer e entraram Gordon Hayward (escolha no draft) e Raja Bell.

Frontcourt
Jefferson é um power forward de 20 pts e 10 res, com potencial de All Star e bom para o ataque de meio campo muito organizado que Jerry Sloan gosta. A saída de Boozer não deverá ser muito sentida, pois têm os mesmos pontos fortes (e até algumas das mesmas fraquezas, como a defesa). Mehmet Okur regressa duma ruptura do tendão de Aquiles e tanto ele como Kirilenko precisam de manter-se livre de lesões para os Jazz aspirarem a ir longe.

Backcourt
Deron Williams é um dos melhores bases da NBA e um base perfeito para o sistema de Jerry Sloan. Conseguir com Jefferson o entendimento e o pick and roll quase perfeito que fazia com Boozer vai ser uma das chaves da temporada. A posição de shooting guard está entre C.J. Miles (que fez um excelente final de época) e o veterano e defensor individual como poucos Raja Bell.

Banco
Aqui foi onde os Jazz podem ter perdido algumas peças importantes. O atirador Kyler Korver foi para Chicago também, assim como Ronnie Brewer. Para os seus lugares seleccionaram Gordon Hayward (outro atirador e outro jogador tacticamente disciplinado, ao gosto de Sloan) no draft e contrataram Raja Bell, bom atirador também e melhor defesa. Paul Millsap tem potencial de titular e continuará a ser uma arma muito forte no banco de Utah.

Treinador
Jerry Sloan é o treinador da NBA há mais tempo na mesma equipa, 20 anos nos Jazz. Trabalhador, exigente e dos mais respeitados da liga, é um dos melhores (senão o melhor) a retirar o máximo rendimento de cada jogador, seja ele um All Star consagrado ou um achado seu da D-league ou de outra liga menor. Em 2o anos com ele, os Jazz foram 17 vezes aos playoffs, tiveram 16 temporadas acima dos 50% de vitórias, ganharam 6 títulos da Divisão, foram a 2 Finais, mas nunca conseguiram o troféu máximo. No entanto, a estabilidade e a organização estão mais que garantidas e vão continuar a ser um exemplo de durabilidade no topo da liga.

Resumo
Parece que, apesar de todas as mexidas, foi uma offseason tranquila em Salt Lake City. Ao contrário daquela equipa em Cleveland, os Jazz tinham um plano B para o caso de perderem o seu free agent. Depois disso acontecer (e isso não entra nas contas porque estava fora do controlo deles) fizeram tudo da melhor forma para manter a equipa onde estava antes. Só por isso merecem uma nota muito positiva.

Nota: 14


(a seguir: Conferência Este)

Friday, October 22, 2010

Boletim de Avaliação - Northwest Division - Trail Blazers

Portland Trail Blazers

Será esta época que acaba o calvário de lesões para os Trail Blazers? Nenhuma equipa sofreu tantas lesões graves num só ano como a de Portland. A meio da época tiveram de fazer uma troca com os Clippers e ir buscar Marcus Camby porque já não tinham mais postes, depois de Greg Oden e o seu suplente, Joel Przybilla, terem ambos fracturado a rótula. O seu melhor jogador, Brandon Roy, também esteve ausente durante vários jogos. Apesar de tudo isso, Nate McMillan ainda conseguiu espremer 50 vitórias desta equipa, o que dá uma ideia da sua profundidade e também do seu coração.
A offseason também não podia ter começado de maneira mais invulgar: o general manager Kevin Pritchard foi despedido no dia do draft (e ainda foi ele que conduziu o draft depois de saber a notícia) e o novo GM, Rick Cho ainda não tem trabalho para mostrar.

Entradas / Saídas
Como o que realmente precisam é saúde e terem todos os seus jogadores disponíveis, não mexeram muito. Saíram Juwan Howard e Martell Webster e entraram Luke Babbit (escolha no draft), Elliot Williams e Wesley Matthews.

Frontcourt
LaMarcus Aldrige tem talento e físico para ser um power forward de elite, mas terá de ser mais regular para chegar a esse nível. Nicolas Batum é outro grande atleta que, depois de ter dobrado a sua produção no ano passado, poderá ter, na sua terceira época, uma época de explosão. E depois há aquele grande ponto de interrogação no meio: conseguirá Oden (que só volta lá para Dezembro) manter-se em campo uma época inteira? Com todos saudáveis e a produzir ao seu nível são um frontcourt jovem, atlético e muito bom.

Backcourt
O All Star Brandon Roy é o ponto central desta equipa, o seu melhor marcador e o líder em campo. Ao seu lado, está o experiente organizador André Miller (que destoa desta praga de lesões e, nos últimos 9 anos, perdeu apenas 5 jogos!). Ambos são mais eficazes com a bola na mão, um problema a resolver esta época, se querem melhorar a eficácia ofensiva.

Banco
Com Miller e Roy a jogarem ambos como marcadores-organizadores, precisavam dum marcador-lançador que jogue sem a bola para os complementar. Wes Matthews foi o escolhido. O espanhol Rudy Fernandez (que queria ser trocado; outro caso a continuar a estranheza da temporada e desta offseason) é uma das principais armas ofensivas duma segunda unidade que se reforçou ainda com aquele que é apontado como o melhor atirador deste draft, Luke Babbit. Abundam os jogadores jovens e com potencial, mas falta experiência nos suplentes.

Treinador
Nate McMillan merece todo o crédito por conseguir 50 vitórias e uma ida aos playoffs numa temporada tão atribulada. Este ano tem de (para além de rezar que ninguém se lesione) arranjar uma forma de Roy e Miller renderem juntos no mesmo backcourt.

Resumo
Se todos os jogadores estiverem disponíveis e saudáveis durante uma época (e Oden é o mais importante de todos nesse cenário), os Blazers têm uma equipa muito profunda e talentosa que deve competir pelos primeiros lugares da sua conferência e pode ir longe nos playoffs. Mas esse é um grande se.

Nota: 12


(próximo: Northwest Division - Utah Jazz)

Wednesday, October 20, 2010

Boletim de Avaliação - Northwest Division - Thunder

Oklahoma City Thunder

Os Thunder foram uma das histórias de sucesso do ano passado e são a nova equipa da moda na NBA. Venceram mais 27 jogos que há dois anos (23-59 em 2009, 50-32 em 2010), ficaram em 8º na conferência e, apesar de eliminados na primeira ronda pelos Lakers, deram muito que fazer aos futuros campeões. Entusiasmaram todo um estado e no sexto e último jogo da eliminatória, os fãs no pavilhão, como agradecimento, deram-lhes a maior ovação da época. Kevin Durant foi o mais jovem Melhor Marcador da NBA de sempre e subiu ao exclusivo nível das super-estrelas. É uma equipa jovem, em construção e que quer chegar ao lugar mais alto da liga.

Entradas / Saídas
Continuaram o seu inteligente plano de crescimento sustentado. Tinham espaço salarial, mas não foram atrás de nenhum dos grandes nomes da free agency e renovaram antes com Durant por mais 5 anos (o jogador anunciou-o na sua página no Twitter, sem nenhum programa especial em directo na tv). Saiu apenas Kyle Weaver (dispensado) e entraram Daequan Cook, Mo Peterson, Cole Aldrich (escolha no draft) e Royal Ivey.

Frontcourt
Durant como small forward, Jeff Green (outro jovem que entrou na liga no mesmo ano de Durant) como versátil, embora um pouco pequeno, power forward e Nenad Krstic como poste. Um frontcourt muito ofensivo, com múltiplas soluções, e melhor defensivamente do que parece. Foi aí que mais evoluíram e foi a defesa a maior responsável pelo salto da época passada. O único ponto de preocupação era o tamanho e procuraram melhorar esse aspecto com a selecção de Aldrich.

Backcourt
Russel Westbrook despontou como um dos melhores bases e criadores de jogo do Oeste e volta com a experiência adquirida no Campeonato do Mundo ao serviço da selecção americana. Precisa de continuar a melhorar o lançamento exterior. Thabo Sefolosha (o único jogador suíço na NBA), excelente defensor do perímetro, é um complemento perfeito.

Banco
Os Thunder são uma das equipas mais arrumadas da liga e já tinham um banco bem definido e com boas segundas opções em todas as posições (ok, menos a 3, mas aí têm Durant): Eric Maynor a 1, James Harden a 2, Serge Ibaka e Nick Collison a 4 ou 5. Este ano reforçaram-no ainda com Cole Aldrich, um poste forte e com mentalidade defensiva e o atirador Daequan Cook.

Treinador
Scott Brooks foi o obreiro do sucesso deste grupo, insistindo sempre na defesa e no trabalho de equipa. Na sua primeira época completa como treinador ganhou o prémio de Treinador do Ano. Em 2009-2010 poucas pessoas contavam com eles e isso funcionou a seu favor. Em 2010-2011 toda a gente conta com eles para atacar os lugares de topo do Oeste e as expectativas estão altas. Uma prova de fogo para Brooks.

Resumo
Os Thunder são um exemplo de como construir uma equipa na NBA. O seu general manager, Sam Presti, é um dos mais elogiados da liga e o trabalho tem sido feito de forma estruturada e sustentada, apostando na selecção acertada e desenvolvimento dos seus jogadores. A equipa não precisava de muitas mexidas, apenas esperar que os seus melhores jogadores continuem a crescer e ganhar experiência e complementá-los com mais algumas peças. Até agora o plano não podia estar a correr melhor.

Nota: 16


(próximo: Northwest Division - Portland Trail Blazers)

Monday, October 18, 2010

Boletim de Avaliação - Northwest Division - Timberwolves

Minnesota Timberwolves

28º ataque, 29ª defesa, 15 vitórias e 67 derrotas. Fazer pior será difícil e para os Timberwolves o único caminho possível é para cima. David Kahn foi, compreensivelmente, um dos general managers mais ocupados deste verão, mas algumas das movimentações não foram assim tão compreensíveis. Houve movimentações duvidosas para todos os gostos, desde trocar a sua maior estrela (a única estrela?) por quase nada, até oferecer um contrato milionário à eterna desilusão Darko Milicic. Mas nem tudo foi mau.

Entradas / Saídas
A lista é longa. Saíram Al Jefferson, Ryan Gomes, Ramon Sessions, Ryan Hollins e Delonte West (West entrou, por troca com Sessions e Hollins, e foi depois dispensado, para libertar espaço salarial). Entraram Wesley Johnson (escolha no draft), Lazar Wayward (draft), Michael Beasley, Martell Webster, Luke Ridnour, Kosta Koufos, Sebastian Telfair e Anthony Tolliver.

Frontcourt
Trocaram Jefferson para dar espaço ao desenvolvimento de Kevin Love e o power forward internacional americano é a sua maior esperança para o lugar de estrela da equipa. É um extremo-poste clássico, com bons movimentos de costas para o cesto e bom passador, mas restam muitas dúvidas se pode algum dia ser um jogador-franchise. Como poste o titular deverá ser Darko Milicic, que renovou por 4 anos e 20 milhões. David Kahn disse que o sérvio era "manna from heaven". As equipas por onde ele passou antes discordam.
Para small forward são várias as opções (o atlético rookie Wesley Johnson, Martell Webster e Michael Beasley) e o titular deverá ser Beasley, que tem sido experimentado como 3 na pre-época. Depois de duas épocas abaixo do esperado, os Timberwolves esperam que concretize o seu potencial.

Backcourt
Jonny Flynn é o seu base para o futuro (até/se Ricky Rubio chegar) e é mais um jovem com potencial, mas muito ainda para desenvolver. Como shooting guard, Corey Brewer é, de todos os jogadores jovens e com potencial da equipa, aquele que mais progresso tem mostrado.

Banco
Depois de 4 bases seleccionados no draft e mais um contratado o ano passado, o único que resta é Jonny Flynn e está lesionado até Dezembro. Luke Ridnour cumprirá a posição até Flynn voltar e será depois um excelente suplente. Este ano a fartura é a small forward. No interior contrataram também Nikola Pekovic (por 3 anos e 13 milhões, em mais uma aposta inflacionada de Kahn) e Anthony Tolliver.

Treinador
Kurt Rambis tem muito que fazer com esta equipa, desde desenvolver muitos talentos individuais jovens até conseguir colocá-los a jogar como uma unidade. São muitos jogadores para dividir o tempo de jogo e será um desafio encontrar um equilibrio entre uma rotação regular e tempo para o desenvolvimento deles.

Resumo
David Kahn quer construir uma equipa e o caminho escolhido parece ser o de juntar mais e mais jogadores com potencial, com a esperança de ter um plantel carregado daqui a um ou dois anos, mas são tantas as incertezas e as apostas que é dificil avaliar o sucesso das movimentações. Entre as aparentemente boas (Johnson, Tolliver, Ridnour, mesmo Beasley, que apesar da incerteza foi praticamente oferecido pelos Heat para libertar espaço salarial e os Timberwolves nada têm a perder), as duvidosas (Pekovic, Webster) e as claramente más (Milicic por 20 milhões, Ramon Sessions trocado por Sebastian Telfair), foi uma offseason que levanta mais dúvidas que certezas. Vamos ver como corre o plano.

Nota: 10


(próximo: Northwest Division - Oklahoma City Thunder)

Friday, October 15, 2010

Boletim de Avaliação - Northwest Division - Nuggets

Denver Nuggets

Aquele que começou como o Verão de Lebron transformou-se depois no Verão de Carmelo. Toda a offseason (e o futuro) dos Nuggets ficou dependente de uma decisão da sua maior estrela. Actualmente no último ano do contrato, Carmelo Anthony recusou a proposta de extensão por mais 3 anos (e 65 milhões), deixando escancarada a porta para sair como free agent e a equipa receber nada em troca.
Evitar esse cenário tornou-se a prioridade para o novo GM, Masai Ujiri, e começaram a estudar possibilidades de trocas com outras equipas. Entretanto a época está à porta e, sem nenhum negócio a avançar, Anthony continua a bordo (até quando?).

Entradas / Saídas
Não tinham escolhas no draft e, com Anthony a dominar todas as atenções, as mexidas foram poucas. Saíram Johan Petro e Joey Graham e entraram Al Harrington e Shelden Williams, para reforçar o seu problemático frontcourt.

Frontcourt
Com todos os jogadores saudáveis têm um dos frontcourts mais poderosos e talentosos da liga. Mas esse é um cenário visto poucas vezes nos últimos tempos. Kenyon Martin e Nené Hilário estiveram lesionados várias vezes nas últimas duas épocas e ambos (juntamente com o poste suplente Chris Andersen) regressam de operações aos joelhos.
Anthony é o melhor marcador e maior arma ofensiva da equipa, mas a incerteza em volta do futuro não vai ajudar à estabilidade (pode facilmente sair a meio da época).

Backcourt
Chauncey Billups é mais um dos bases com mais de 30 anos (tem 34) que parecem jogar cada vez melhor (e o Oeste parece estar cheio deles). É o elemento mais regular e estável do 5 inicial, o maestro da equipa e o grande responsável pela melhor organização ofensiva que tiveram nos dois anos anteriores.
Aaron Afllalo, bom lançador exterior e bom defensor individual, é o tipo de shooting guard complementar perfeito para jogar ao lado de Billups e Anthony.

Banco
O Birdman, especialista em ressaltos e desarmes de lançamento, volta de uma operação ao joelho e a sua forma será determinante para o sucesso da equipa, pois Al Harrington (mais um jogador interior, mas que também lança de fora) é mais uma arma ofensiva versátil, capaz de marcar muitos pontos, mas contribui pouco (ou nada) na defesa e na luta das tabelas. Ty Lawson é o aprendiz de Billups e um suplente fiável e o instável JR Smith é mais um marcador de pontos. A defesa é mesmo o ponto fraco deste que é um dos bancos ofensivamente mais fortes da liga.

Treinador
As questões médicas estenderam-se até a George Karl, que esteve ausente na segunda metade da época em tratamento dum cancro na garganta. E a sua importância ficou bem demonstrada quando se compara a equipa que foi à final da Conferência e era a maior ameaça aos Lakers em 2009 com aquela que foi eliminada na primeira ronda pelos Jazz em 2010.

Resumo
Com todas as questões em volta de Carmelo e do futuro da equipa, a offseason não foi boa para os Nuggets. Apesar disso, continuam a ter um dos grupos com mais talento do Oeste e o sucesso da equipa depende mais da forma e saúde dos elementos (jogadores e treinador) que já fazem parte da equipa que de novas aquisiçoes. No entanto, pouco fizeram para melhorar esse grupo.

Nota: 9


(próximo: Northwest Division - Minnesota Timberwolves)

Thursday, October 14, 2010

Boletim de Avaliação - Southwest Division - Spurs

San Antonio Spurs

Tim Duncan começa a dar sinais de estar na fase descendente da sua carreira, Ginobili não está a ficar mais novo também e a janela de oportunidade desta geração dos Spurs está a fechar. Aquela que foi a equipa mais sólida e regular da década, teve o ano passado uma das suas épocas menos bem sucedidas (50-32, 7º lugar no Oeste) e foram varridos pelos Suns na 2ª ronda dos playoffs. Mas esta é uma das equipas mais bem geridas de toda a NBA e os seus dirigentes parecem sempre conseguir fazer as movimentações certas para mantê-la no topo.

Entradas / Saídas
O veterano núcleo da equipa mantém-se e conseguiram um reforço importante. Saíram Keith Bogans, Malik Hairston e Roger Mason. Entraram Tiago Splitter (escolha no draft em 2007 e que vem finalmente para a NBA, depois de ter sido 2 vezes MVP da liga espanhola), James Anderson (escolha no draft), Gary Neal (rookie não seleccionado no draft) e Bobby Simmons.

Frontcourt
Quando Duncan está a mostrar os primeiros sinais de quebra (a época passada teve os seus mínimos em pontos e ressaltos por jogo: 17.9 pts e 10.1 res) aí vem Splitter, para reforçar a defesa interior, os ressaltos e tornar o frontcourt dos Spurs sólido de novo. Splitter não é um rookie típico, joga há vários anos na Europa e (à semelhança de Luis Scola, por exemplo) chega à NBA pronto para competir e contribuir imediatamente. Com um Richard Jefferson (renovou por 4 anos) mais adaptado ao exigente sistema de Gregg Popovich, este frontcourt voltará a ser um dos mais sólidos do Oeste.

Backcourt
Tony Parker e Manu Ginobili tiveram lesões que os limitaram durante períodos longos da época passada, mas este ano, recuperados e frescos (ambos não participaram no Campeonato do Mundo para descansar) são um dos backcourts mais imprevisíveis e difíceis de defender da NBA. Lançamentos longos, lançamentos de meia distância ou penetrações, fazem de tudo e bem.

Banco
Matt Bonner (o poste titular no ano passado) renovou e será uma das armas a saltar do banco. Juntemos-lhe o veterano e útil Antonio McDyess, DeJuan Blair (um dos rookies revelação em 2009-10), George Hill (que foi o titular durante os jogos em que Parker esteve lesionado e pode fazer ambos os lugares do backcourt) e James Anderson (um dos melhores atiradores do draft de 2010) e temos uma segunda unidade invejável.

Treinador
O emotivo e algumas vezes irascível Gregg Popovich é um dos cinco treinadores na história da NBA com 4 ou mais anéis de campeão. É um dos melhores treinadores nas decisões e ajustamentos durante os jogos e com ele ao leme más decisões e má gestão da equipa não fazem parte da lista de problemas.

Resumo
Quando parecia que os Spurs estavam a chegar ao fim da sua dinastia, conseguiram tirar mais um coelho da cartola com a vinda de Splitter e voltar a entrar no lote de candidatos da conferência. E se com James Anderson e Gary Neal continuarem a fazer achados como já fizeram antes (DeJuan Blair e George Hill, os últimos exemplos), esta offseason pode ser ainda mais bem sucedida do que parece. Os Spurs estão preparados para mais uma corrida pelo título. Podem estar mais velhos, mas não vão embora sem dar luta.

Nota: 13


(próximo: Northwest Division - Denver Nuggets)

Wednesday, October 13, 2010

Boletim de Avaliação - Southwest Division - Hornets

New Orleans Hornets

Quando a principal manchete na offseason duma equipa é o rumor que a sua maior estrela quer sair as coisas não podem estar a correr muito bem. A imprensa americana avançou em Agosto que Chris Paul estava desiludido com a falta de competitividade da equipa e queria ser trocado. Paul nunca o assumiu publicamente e está a bordo para mais uma época. Mas, com o seu contrato a terminar em 2012, a questão é: o que fizeram os Hornets para melhorar a qualidade do plantel e convencê-lo a ficar?

Entradas / Saídas
Fizeram muitas trocas, mas algumas parecem tê-los deixado exactamente no mesmo sítio: na noite do draft tiveram nas suas mãos um possível futuro poste titular da equipa (Cole Aldrich), mas trocaram-no por Quincy Pondexter (bom, mas possivelmente pior que Aldrich) e por Craig Brackins. Depois trocaram Brackins e Darius Songaila por Willie Green e Jason Smith.
Saíram Darius Songaila, Darren Colison, James Posey, Morris Peterson e Julian Wright e entraram Quincy Pondexter, Trevor Ariza, Jason Smith, Willie Green, Joe Alexander, Jannero Pargo e Marco Bellinelli.

Frontcourt
Ariza, a maior contratação da offseason e o small forward titular, é bom para correr os contra-ataques com Paul e encaixa muito melhor nesta equipa que nos Rockets. Com CP-3 a construir o jogo, não terá tanta responsabilidade de criar o seus lançamentos como em Houston e voltará mais ao estilo de jogo (receptor e lançador) que tinha nos Lakers. David West é um power forward All Star que continuará a marcar muitos pontos. Emeka Okafor é um poste limitado ofensivamente, que, apesar de defesa e ressaltos serem o seu forte, jogou bastante abaixo do esperado, e terá este ano de ser a presença defensiva interior que os Hornets não tiveram o ano passado.

Backcourt
Paul é um dos bases de elite da NBA. Bom lançador, bom penetrador, bom defensor e excelente passador. Todo o ataque dos Hornets passa (geralmente de forma superior) pelas suas mãos.
Marcus Thornton (uma das surpresas da equipa o ano passado, quando Paul esteve lesionado, revelando-se um excelente marcador de pontos) será o shooting guard de um backcourt rápido e entusiasmante.

Banco
Peja Stojakovic será um sexto homem de luxo (se conseguir manter-se sem lesões) e não faltam opções para o jogo exterior: Pargo, Bellinelli e Green. Mas é no interior que continuam a faltar soluções: renovaram com Andy Gray (um poste lento e muito limitado) e quando as opções são entre ele, Jason Smith e Joe Alexander não é bom sinal.

Treinador
Monty Wiliams é um treinador rookie, que depois de ter sido adjunto de Gregg Popovich e Nate McMillan, tem a difícil tarefa de tentar colocar os Hornets nos playoff e reduzir o fosso para as melhores equipas da conferência. Pô-los a defender melhor será indispensável para isso (Os Hornets foram apenas a 22ª defesa na última época).

Resumo
Foi uma offseason pouco compreensível. Trocaram Darren Collison (o seu jogador mais promissor, um dos mais talentosos bases jovens da liga e uma garantia para o caso de Paul sair) e Posey (um suplente experiente e um dos melhores defensores da equipa) por Ariza. Cole Aldrich era uma presença defensiva interior que precisavam, mas trocaram por mais um extremo. Depois de tantas trocas, ficam com uma equipa com as mesmas forças e as mesmas fraquezas: bons atiradores e jogadores exteriores, má defesa e jogo interior.

Nota: 8


(próximo: Southwest Division - San Antonio Spurs)

Tuesday, October 12, 2010

Boletim de Avaliação - Southwest Division - Grizzlies

Memphis Grizzlies

Chris Wallace não é o general manger mais adorado do mundo. Depois de, em 2008, ter trocado Pau Gasol (a âncora da equipa na altura) por praticamente nada, foi muito criticado pelos fãs e pelos media de Memphis (e do país inteiro!). A seguir contratou Allen Iverson, numa decisão que todos anteciparam como desastrosa (e confirmámos todos). O ano passado voltou a ser muito criticado pela contratação de Zach Randolph. Mas esta não saiu mal e, com um Randolph focado, a equipa do Tennessee foi uma das surpresas do ano anterior, lutando por um lugar nos playoffs durante grande parte da temporada regular (na parte final quebraram e acabaram ainda a 10 jogos de distância da 8ª posição).

Entradas / Saídas
Estão em processo de construção da equipa e não mexeram muito no núcleo já formado. Saiu apenas Ronnie Brewer (que se lesionou pouco depois de chegar a Memphis e fez apenas alguns jogos pelos Grizzlies) e entraram Tony Allen, Acie Law, Xavier Henry (escolha no draft) e Greivis Vasquez (escolha no draft).

Frontcourt
Renovaram Rudy Gay (um dos maiores nomes na classe de free agents de 2010), mas pagaram muito (82 milhões por 5 anos) para um jogador que nunca foi All Star e não é um franchise player. Com números regulares, mas estagnados, ao longo das últimas épocas, terá de jogar este ano a um nível superior para justificar o contrato máximo que tem.
No interior, o irmão de Pau, Marc Gasol, foi um dos jogadores que mais evoluíu na época passada, tornou-se um dos pilares da equipa e a sua principal presença defensiva interior. Randolph jogou ao seu melhor nível, o que significa 20 pts, 10 res e pouca defesa. Formam um excelente frontcourt, mas precisam de melhorar defensivamente para fazer frente aos poderosos frontcourts do Oeste.

Backcourt
OJ Mayo é um dos melhores marcadores da equipa, mas precisa de melhorar a sua selecção de lançamento e defesa. O base Mike Conley, um dos elementos mais irregulares e que apenas a espaços mostrou ser um base capaz de liderar uma equipa de topo, é outro dos jogadores que vai ter de subir de nível para a equipa poder aspirar ao playoff.

Banco
Com um cinco inicial estabelecido, foi aqui que fizeram as principais aquisições. Tony Allen providencia experiência e uma muito necessária defesa no perímetro, Xavier Henry é um bom atirador e Greivis Vasquez (o segundo venezuelano a jogar na NBA) foi escolhido para fazer concorrência a Mike Conley e garantir mais profundidade na posição. De Hasheem Thabeet espera-se que ajude na defesa interior (a sua principal arma são os desarmes de lançamentos), melhore o jogo ofensivo e esteja à altura da sua selecção como nº 2 do draft de 2009.

Treinador
Lionel Hollins conseguiu colocar a jovem equipa de Memphis a jogar um basquetebol mais concentrado e colectivo, mas precisa agora de a por a defender melhor se quer um lugar nas oito melhores do Oeste.

Resumo
Não foi uma má offseason para os Grizzlies, que conseguiram reforçar o seu banco e adicionar elementos que podem melhorar as suas maiores fraquezas. A aposta, no entanto, continua a ser o desenvolvimento dos jogadores que já tinham e por eles passa a maior quota de responsabilidade no sucesso da equipa.

Nota: 12


(próximo: Southwest Division - New Orleans Hornets)

Sunday, October 10, 2010

Boletim de Avaliação - Southwest Division - Rockets

Houston Rockets

A primeira boa notícia para os Rockets é que Yao Ming está de volta, depois de perder toda a época passada por lesão. A sua recuperação duma complicada operação ao pé esquerdo (depois de várias fracturas, reconstruiu cirurgicamente o arco do pé para reduzir a carga e o peso dos 2,29m e 140kgs sobre aqueles ossos) e a forma em que estará depois da longa paragem serão fundamentais para o sucesso da equipa.
Os Rockets já anunciaram que estão a pensar a longo prazo, não vão tentar acelerar a recuperação e Yao só jogará 24 minutos por jogo.
A outra boa notícia é que Daryl Morey, o seu general manager, não quis ficar apenas dependente disso, procurou alternativas e continuou a reforçar o plantel.

Entradas / Saídas
Renovaram contrato com alguns jogadores importantes (Luis Scola e Kyle Lowry) e conseguiram ainda algumas adições que se podem revelar muito importantes também. Saíram Trevor Ariza, David Andersen, Hilton Armstrong e Von Wafer. Entraram Patrick Patterson (escolha no draft), Brad Miller e Courtney Lee.

Frontcourt
Um dos principais objectivos desta offseason era renovar contrato com o seu power forward titular, Luis Scola. O argentino e um Yao em forma são um frontcourt tão poderoso como qualquer outro na liga. Scola é uma das armas ofensivas de Houston, um jogador com excelentes fundamentos e movimentos no jogo de poste baixo e Yao é uma força na defesa. Com ele no meio não é fácil para ninguém penetrar para o cesto.
Com a saída de Ariza (trocado depois duma época algo decepcionante), Shane Battier (o protótipo do jogador de equipa) volta ao lugar de small forward no 5 inicial.

Backcourt
Aaron Brooks foi o Most Improved Player do ano passado e Kevin Martin começa a sua primeira época completa com a equipa. São um backcourt muito rápido e capaz de marcar muitos pontos das mais variadas formas, seja em lançamentos exteriores seja em penetrações.

Banco
A renovação de Lowry (um base forte fisicamente) e a contratação de Brad Miller (um poste experiente, para suplente de Yao) sao boas (ambos são o tipo de jogador de equipa que faz um bocadinho de tudo) e tornam o banco dos Rockets mais forte. Com Yao limitado a 24 minutos por jogo, uma alternativa a poste era imperativo e Miller é um jogador que já jogou para Rick Adelman e conhece o sistema.
Com Courtney Lee, excelente atleta e defensor de perímetro, ganham mais soluções a shooting guard e Patrick Patterson, outro jogador de equipa que faz bem um bocadinho de tudo, parece uma escolha perfeita para o sistema colectivo de Houston.
O banco ficou, sem dúvida, melhor.

Treinador
Rick Adelman tem tido água pela barba nas últimas duas épocas, com várias lesões prolongadas dos seus jogadores mais importantes. Apesar disso, conseguiu manter a equipa competitiva e a praticar o basquetebol mais colectivo, aguerrido e lutador da liga. É um dos melhores treinadores da NBA, capaz de arrancar o melhor dos seus jogadores.

Resumo
Os Rockets não fizeram nenhuma contratação sonante, mas fizeram adições acertadas e à imagem da equipa: jogadores que podem não impressionar pelos números, mas fazem todas as pequenas coisas necessárias (daquelas que não transparecem nas estatísticas) para ganhar jogos. Quão longe podem chegar depende da forma de Yao Ming, mas se este for o mesmo jogador que era antes da lesão, têm uma das melhores defesas do Oeste e um ataque com múltiplas soluções exteriores e interiores.
Foi uma offseason bastante positiva e a equipa do Texas quer um lugar no topo da conferência.

Nota: 16


(próximo: Southwest Division - Memphis Grizzlies)

Thursday, October 7, 2010

Boletim de Avaliação - Southwest Division - Mavericks

Dallas Mavericks

O dono dos Mavericks, o bilionário Mark Cuban, não tem poupado esforços (leia-se dinheiro) para trazer um título para a cidade de Dallas. Têm sido uma das melhores equipas da NBA na última década e a época passada foi a 10ª consecutiva com 50 ou mais vitórias (terminaram a temporada regular com um recorde de 55-27, 2º lugar no Oeste, atrás dos Lakers). O título continua, no entanto, a escapar-lhes.

Entradas / Saídas
Não fizeram muitas mexidas, o objectivo prioritário da offseason era renovar contrato com os jogadores que eram free agents para manter a equipa (já forte) da época anterior. O contrato prioritário era com a sua maior estrela, Dirk Nowitzky.
Saíram Matt Carrol, Eduardo Najera e Eric Dampier e entraram Ian Mahinmi, Tyson Chandler e Dominique Jones (escolha no draft).

Frontcourt
Formado o ano passado a meio da época (por via duma troca com os Wizards), o frontcourt de Nowitzky, Brendan Haywood (um dos free agents que renovou) e Caron Butler vai ter este ano uma época inteira em conjunto, pelo que só pode melhorar.
Com dois grandes marcadores de pontos (Nowitzky e Butler), dois defensores excelentes (Butler e Haywood), dois jogadores com 2,13m (Nowitzky e Haywood), um poderoso ressaltador e protector da área perto do cesto (Haywood), são um dos frontcourts mais dinâmicos da conferência e um dos poucos no Oeste que podem fazer frente ao dos Lakers.

Backcourt
Jason Kidd é, aos 37 anos, um exemplo de longevidade e ainda um dos melhores distribuidores de jogo em actividade. Continua a melhorar o lançamento longo e já não é um jogador que a defesa adversária possa deixar livre. O rapidíssimo francês Rodrigue Beaubois é o shooting guard para esta época (um pé partido antes do inicio do Campenato do Mundo vai atrasar a sua preparação).

Banco
Eram já uma equipa bastante profunda e com a adição de Chandler ganham altura e uma necessária ajuda para o jogo interior. Qualquer um dos bases suplentes pode jogar também no 5 inicial e assegurar pontos (Jason Terry e Jose Barea), têm um ex-All Star versátil e atlético que faz um pouco de tudo e quer recuperar duma época menos positiva (Shawn Marion) e um jogador experiente como Tim Thomas.

Treinador
Apesar das mudanças na equipa durante a época, Rick Carlisle conseguiu levar os Mavericks a mais uma temporada regular muito bem sucedida. Perderam depois na primeira ronda dos playoffs com os San Antonio Spurs.
Este ano, com a equipa reforçada e junta desde o início da temporada, exige-se que os leve mais longe e procure desafiar a hegemonia de Los Angeles.

Resumo
Foi uma offseason bem sucedida, tendo conseguido renovar todos os seus free agents e ainda acrescentar um poste mais móvel e mais novo que Eric Dampier. Nowitzky, que não é um grande defensor nem ressaltador, sempre precisou de ajuda no meio e, com Haywood e Chandler, os Mavericks estão muito mais fortes.
Com mais uma época de entrosamento para este grupo de jogadores, são uma das principais ameaças na caminhada dos Lakers rumo ao threepeat.

Nota: 15


(próximo: Southwest Division - Houston Rockets)