Detroit Pistons
Mais uma equipa que está uma confusão pegada e a precisar urgentemente de arrumar a casa. Parece que ainda ontem eram uma das equipas mais estáveis e bem sucedidas da NBA (com seis idas consecutivas à Final da conferência, entre 2003 e 2008, e um título em 2004), mas tiveram as duas últimas épocas para esquecer e são uma sombra desses Pistons que dominaram o Este. Com muito espaço salarial em 2009, decidiram não esperar pela afamada classe de free agents de 2010 e usaram uma grande parte desse dinheiro no verão de 2009, em Ben Gordon e Charlie Villanueva. O resultado? Bem, não foi o melhor. Este ano tinham muito que fazer.
Entradas / Saídas
Saiu Kwame Brown e entraram Greg Monroe (escolha no draft), Terrico White (escolha no draft) e Tracy McGrady.
Frontcourt
O veterano Ben Wallace, um dos sobreviventes da equipa campeã, continua a providenciar defesa, ressaltos e pouco ou nenhum ataque. Como Charlie Villanueva deverá continuar a sair do banco e Jonas Jerebko está lesionado, o jovem e inexperiente Austin Daye é a aposta para power forward. A small forward, outro dos veteranos que ainda restam da equipa campeã, o versátil Tayshaun Prince.
Dividido entre jogadores experientes, mas que já viram os melhores anos das suas carreiras e a inexperiência e menor talento de outros, é um frontcourt longe dos sólidos e duros frontcourts que os Pistons tinham.
Backcourt
O outro resistente da equipa campeã, Richard Hamilton, continua como shooting guard e Rodney Stuckey é o base que os Pistons apostam para ser o seu base nos próximos anos e um dos elementos da reconstrução futura. É um jogador forte fisicamente e bom tecnicamente, mas ainda com deficiências na organização (era originalmente um shooting guard e ainda está a aprender a posição de point guard).
Banco
Este é um dos seus pontos fortes, não pelas razões habituais, mas antes porque vários dos jogadores suplentes poderiam jogar no cinco inicial. É uma equipa com um nível de qualidade semelhante entre muitos titulares e suplentes, mas essa nivelação não é por cima. Ben Gordon e Charlie Villanueva começam no banco, mas jogam muitos minutos e estão em campo muitas vezes nos finais dos jogos. McGrady tenta ressuscitar a sua carreira e outros como Jason Maxiell e Will Bynum asseguram agressividade, luta e minutos de qualidade. Do rookie Greg Monroe esperam que reforçe o seu fragilizado frontcourt.
Treinador
Ser treinador em Detroit não é fácil, pois a exigência é sempre muita e nenhum consegue ficar muito tempo na função. O pouco conhecido e pouco carismático John Kuester tem a difícil tarefa de gerir as expectativas de jogadores veteranos e habituados a ganhar e o desenvolvimento dos jogadores jovens e terá de encontrar um difícil (impossível?) equilíbrio entre os resultados imediatos que uns esperam e a reconstrução para que outros estão apontados.
Resumo
Os Pistons estão ainda agarrados aos restos da equipa que dominou o Este e ficaram num limbo entre a reconstrução e a competitividade. Têm um grande nó para desatar: os veteranos já passaram os melhores anos da sua carreira, não fazem parte do futuro da equipa e para ganhar alguma coisa teria de ser agora, mas os jovens precisam de tempo para dsenvolver e não vão fazer uma equipa competitiva tão cedo. Por isso, os Pistons vão ter de escolher. Quanto mais cedo o fizerem, mais cedo saem desta trapalhada.
É claro que as contratações de Ben Gordon e Charlie Villanueva só ajudaram ao problema. Foi um penso rápido (e precipitado) que não ajudou nem para ganhar agora, nem para construir para o futuro. E esta offseason nada fizeram para desatar o nó.
Nota: 8
(próximo: Central Division - Indiana Pacers)