Rick Barry foi um dos melhores jogadores de sempre nos lançamentos livres e tem um conselho para Dwight Howard: lança-os como eu e vais conseguir 75 a 80% de concretização.
Em entrevista ao Orlando Sentinel, o único jogador na história que foi melhor marcador na NCAA, na ABA e na NBA, que marcou mais de 25000 pontos (25279) na sua carreira e teve quatro temporadas com uma média superior a 30 pontos por jogo (23.2 na carreira), diz que o que impede o Superman de melhorar as suas percentagens da linha são... o orgulho e o ego.
E, no que toca a lances livres, temos de dar ouvidos a Barry. O antigo jogador dos Warriors e Rockets tem uma percentagem de carreira de 90% (3º melhor de sempre) e quando se retirou tinha o recorde de mais lances livres consecutivos (60) e melhor percentagem numa época (94.7%). Mas com uma particularidade: os seus lançamentos livres eram realizados duma forma que os jogadores e os fãs actuais apelidariam de ridícula e sem estilo. Eram lançados com as duas mãos e por baixo, a partir da cintura. Sim, à padeiro.
O próprio explica:
Mas, segundo ele, jogadores como Dwight Howard ou Shaq, que têm visíveis dificuldades com o lançamento normal, por cima da cabeça, poderiam ter melhores resultados com um lançamento deste tipo. Há anos que Rick Barry tenta convencer jogadores com fracas percentagens a experimentá-lo, mas a vergonha impede-os de o fazer. Shaquille O'Neal disse uma vez que "preferia ter uma percentagem negativa a lançar assim".
Portanto, o que é mais importante: a imagem ou a performance? Imaginam Dwight Howard com uma percentagem de 80%? Com os adversários a não poderem recorrer à estratégia de fazer faltas e pô-lo na linha? Seria imparável.
Para Barry, "que importa o que parece se a bola entra no cesto? (...) eu adorava trabalhar com o Dwight. O que importa é isto: ele é horrível a lançar por cima da cabeça, por isso que tem a perder?"
Vergonha, Superman? E se lhes chamares Super Lances Livres?