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Friday, February 4, 2011

A história repete-se


Os suplentes do All Star Game já foram anunciados e a história é muito semelhante ao anúncio dos cinco iniciais: a Este, poucas (ou nenhumas) surpresas e a Oeste, escolhas mais discutíveis. Aqui ficam os jogadores seleccionados pelos treinadores da cada conferência:


Ray Allen - Boston Celtics
Rajon Rondo - Boston Celtics
Joe Johnson - Atlanta Hawks
Paul Pierce - Boston Celtics
Kevin Garnett - Boston Celtics
Chris Bosh - Miami Heat
Al Horford - Atlanta Hawks


Deron Wiliams - Utah Jazz
Russell Westbrook - Oklahoma City Thunder
Manu Ginobili - San Antonio Spurs
Dirk Nowitzki - Dallas Mavericks
Pau Gasol - Los Angeles Lakers
Blake Griffin - Los Angeles Clippers
Tim Duncan - San Antonio Spurs


No Este, os Celtics transpõem o seu domínio da temporada regular também para o All Star Game e são a sétima equipa na história a colocar quatro jogadores na equipa. De resto, esta selecção de Este revela o estado actual da conferência: desequilibrada, com o talento muito concentrado em poucas equipas e um grande fosso entre estas e as restantes. Apenas estão jogadores dos primeiros cinco classificados (Celtics, Heat, Bulls, Hawks e Magic) e mesmo os Bulls e os Magic apenas têm um jogador. A haver alguma discussão, seria entre outros jogadores destas equipas, porque há de facto poucos argumentos para defender a presença de algum jogador das outras.

Das outras 10 equipas, apenas Andrew Bogut poderia estar aqui nesta lista. Os seus números são parecidos com os da época passada (baixou apenas ligeiramente nos pontos, de 15.9 para 13.4), mas os Bucks estão a fazer uma época pior e têm sido uma das maiores desilusões deste ano. Dos outros nomes que foram alguma vez considerados como seleccionáveis, Raymond Felton tem números melhores que no passado e está a fazer uma boa época, mas os seus números (ofensivos) são inflaccionados pelo sistema de Mike D'Antoni (e pelo facto de ter de defender pouco ou nada) e Carlos Boozer era o outro que podia ter algumas aspirações a ser escolhido (tem melhores números que Chris Bosh), mas o facto de ter estado lesionado uma parte da temporada e ter jogado apenas 30 jogos, deixou-o de fora.
A Este, mais uma vez, nada a apontar.

No Oeste, o talento é mais abundante, está mais distribuído e por isso, as escolhas eram mais difíceis. Fossem quais fossem os seleccionados, iam sempre ficar de fora jogadores merecedores. Um dos que merece seguramente estar presente é Blake Griffin, que se torna o primeiro rookie desde 1998 a jogar no jogo das estrelas. Nowitzki é o melhor jogador numa da melhores equipas da conferência, continua a jogar ao seu nível e é uma escolha natural. Deron Williams é o melhor base, depois de Chris Paul. Ginobili está a ser o melhor jogador na melhor equipa da liga. E Gasol é o melhor power forward/poste do Oeste. Até aqui, indiscutível.
A partir daqui, temos um lote de 12 jogadores que podiam ocupar as duas últimas vagas: Tim Duncan, Lamar Odom, Russell Westbrook, David West, LaMarcus Aldridge, Zach Randolph, Rudy Gay, Steve Nash, Luis Scola, Monta Ellis, Eric Gordon e Kevin Love.

Qualquer um dos dois escolhidos tem argumentos fortes para a sua selecção: Westbrook é um dos jogadores que mais evoluíu e é hoje um dos bases mais completos da NBA. O sucesso dos Thunder é cada vez mais também responsabilidade dele. Duncan baixou os seus números totais, mas apenas porque está a ser resguardado por Popovich e a jogar muito menos minutos. Os seus números por cada 36 minutos continuam a um nível alto (16.5 pts, 11.4 res, 3.7 ass e 2.4 dl) e é o líder da melhor equipa da temporada.

É, no entanto, uma pena que qualquer um dos outros fique de fora. Um deles, no entanto, ainda jogará no All Star Game, na vaga que resta para substituir o lesionado Yao Ming. Mas aqui podemos ver o estado do basquetebol nos dois lados da liga: tal como há equipas do Oeste que, se estivessem do outro lado, conseguiriam (facilmente) chegar aos playoffs, também há jogadores desta conferência que estariam no jogo das estrelas se jogassem no lado oposto.