Mais uma vez recorro a um artigo de opinião do colega Vasconcelos Raposo (Jornal A Bola ) para chamar a atenção de um problema que não é só da natação.
"A Participação da equipa nacional nos Mundiais de Roma deixam um sabor amargo quanta aos resultados dos nossos nadadores. Quando a generalidade das equipas, ali presentes, alcançaram taxas de sucessos superiores a 63% Portugal apenas conseguiu um valor na ordem dos 37% 0 que é muito fraco. Importa e analisar o que poderá explicar este insucesso no final do primeiro ano deste cicio olímpico. Não estou surpreendido com as mesmas. Resultados foram demasiado fracos num contexto competitivo como aconteceu em Roma. E precise acordar e dizer que a natação nacional encontrasse em plano inclinado a caminho da maior crise que já enfrentou no seu nível qualitativo e isso quer a nível nacional quer internacional . Importa entender a razão porque a percentagem de crescimento da nossa natação é das mais baixas a nível mundial.
Vejam-se as classificações dos nossos nadadores e comparem-se com o passado. Todos nos passam. Estudem-se os sucessos do Brasil, a grande revelação nestes Mundiais, na opinião dos maiores especialistas. Dê-se um salto a Espanha para estudar como progrediram tanto. Estude-se a Irlanda que já nos ultrapassou. Analise-se pianos de preparação dos nadadores que Inglaterra publicou e cujos resultados foram observados a três anos do JO. Como recuperaram os alemães ap6s anos de maus resultados? São os países desenvolvidos que temos que estudar. Portugal nunca teve felicidade de ter Governo que tivesse competência para criar sistema de criação dos atletas de elite. Repito, a construção de elites desportivas. Fazer leis atrás de leis não significa desenvolver desporto e isto sempre foi confusão do presente Governo. A natação também está a ser vitima desta incapacidade dos sucessivos governos . É por tudo isto , e muitas mais razões, que importa repensar a natação portuguesa. E isto é urgente".