Saturday, November 28, 2009
Crise financeira...
Ao ler, como o faço regularmente, o blogue Seis25, lembrei-me de um artigo do Jornal A Bola ( Prof.Jenny Candeias ) que faz uns meses transcrevi :
"Com o País atolado em dificuldades, pergunto-me se têm justificação muitas das despesas do desporto amador, particularmente naquela área onde cada vez e mais difícil separar a dimensão lúdica original das exigências próprias de profissionais. Ou seja, o desporto de rendimento praticado por amadores, como é o caso, entre outros, das ginásticas de competição . Poupar é fundamental, porque o que há não dá para tudo. Umas dezenas de euros aqui outras além, muito se gasta com voluntários que cobram por tarefas que, na carolice inicial do desporto amador, não eram remuneradas: dirigentes e juízes, por exemplo. Os primeiros acumulam vencimentos profissionais com os valores que atribuem a um trabalho para o qual se oferecem . Ninguém ignora algumas situações excessivas e espero que, legalmente, venham a ser corrigidas. Mas existem outros cargos que levam muitos euros. Por exemplo, árbitros ou Juízes.
Não sou contra compensações justas, só que não e invulgar assistir a competições de ginástica onde numerosos juízes são convocados para torneios que nem pelo número de praticantes nem pelo nível justificam a despesa. Enquanto isso, o dinheiro não chega para melhorar as condições de treino dos ginastas. Porque não, em tempo de vacas magras, pedir aos juízes que sejam - como já foram - puramente amadores? Se os c1ubes, ou as famílias , custeiam a deslocação e a alimentação dos seus atletas, porque não integrar juízes em cada um dos grupos que se deslocam aos locais da competição e num numero mínimo? Afinal, todos sabemos que cada juiz de ginástica tem raízes nos c1ubes, 0 que não significa falta de isenção , e para alem disso existem até treinadores e treinadoras que pontuam atletas seus e, depois, recebem como juízes.
A isenção, ou falta dela, é um problema de carácter e não de companhia em viagem. Sugiro que se esteja atento ás despesas feitas com o pagamento de ajudas de custo para deslocações e alimentação de juízes nas competições distritais e nacionais e com o numero de pessoas que acompanham equipas nacionais a provas Internacionais Estamos em tempo de apertar o cinto e de ver quem se dedica mesmo ao voluntariado desportivo".
A recente desistência da equipa feminina do Sporting Figueirense da Liga Feminina 2009-2010 dá que pensar , até porque a direcção do Clube, critica a FPB e os custos de arbitragem que os emblemas nacionais têm de suportar para participar nestas competições.